quinta-feira, 27 de outubro de 2011

CAIU O 6º "ANJO"

"Não sei se me preocupo com os aviões que decolam do recém-inaugurado Aeroporto Regional da Zona da Mata e que sobrevoam minha cabeça aqui em Rio Novo, ou com os "ANJOS" que despencam do ministério".


Segundo avaliação de jornalistas, a saída de Orlando Silva (PC do B) do Ministério do Esporte não soluciona e nem fará parar as denúncias de corrupção na pasta, publicadas na imprensa durante as duas últimas semanas contra o político e o ministério que ele comandou até a tarde desta quarta-feira (26). Essa é a opinião dos jornalistas Roberto Nonato, apresentador do ‘Jornal da CBN’, Leandro Fortes, colunista da revista Carta Capital, e Daniel Leite, repórter de política do diário mineiro O Tempo.

Trocar de ministro, mas deixar o comando da pasta com o PC do B é um problema que vai deixar a imprensa ainda mais atenta sobre o trabalho e suspeitas de irregularidades cometidas no Ministério do Esporte, analisa Nonato. O jornalista declara que a presidente Dilma Rousseff deveria escolher alguém que não fosse da mesma legenda que Orlando. Porém, ele diz que, por medo de retaliação, isso não vai ocorrer. “O sistema é muito cruel para formação de um ministério saudável”, lamenta.

Mesmo acreditando que o judiciário continuará analisando o caso e que os veículos de comunicação vão produzir reportagens sobre a real situação do Ministério do Esporte, Nonato se lembra de um dos outros cinco ministros que deixaram, antes de Orlando, o Governo desde que Dilma assumiu a presidência da República. Ele afirma que o petista Antonio Palocci não foi mais citado pela imprensa e nem teve mais, aparentemente, problemas com a Justiça desde que entregou o cargo que ocupava na Casa Civil.

Copa do Mundo e cidades

Com análise parecida com a do jornalista da CBN, de que a mídia continuará a seguir e pesquisar todos os passos da alta cúpula da pasta do Esporte, Leite afirma que o principal motivo para o ministério não sairá dos noticiários devido ao mundial de futebol que será realizado no Brasil em 2014. “Considerando o perigo com a aproximação da Copa do Mundo, e o risco de alguma irregularidade prejudicar o País, as denúncias vão continuar”, diz o repórter do jornal O Tempo.

Leite expõe mais dois motivos que o faz acreditar que o nome de Orlando Silva e da pasta comandada pelo PC do B não perderam espaço no trabalho jornalístico: a relação de diversas cidades em todas as regiões do País, segundo afirma, com o suposto esquema de desvio de

verba do programa “Segundo Tempo”, por meio de ONGs de fachadas, e os benefícios que a oposição de Dilma ganha com a repercussão do caso.

“Estratégia da oposição”

Fortes também concorda que as notícias contra o Ministério do Esporte não sumirão de cena após a saída do então titular da pasta. Porém, o colunista da Carta Capital diz que boa parte das empresas de comunicação foi irresponsável na condução do caso que ocasionou a saída de Orlando Silva. “É uma maneira muito sínica e hipócrita, fazem reportagens vazias, sem provas e ficam usando matérias requentadas. Ficam sangrando a notícia até que a situação dele fique insustentável no governo”, critica.

O jornalista da revista dirigida por Mino Carta, entretanto, faz questão de afirmar que não tem a intenção de defender o político. Sobre a queda do ministro, ele avalia que isso só aconteceu porque Dilma não colocou nos cargos do 1° escalão do governo as pessoas de sua preferência. Questionado a respeito das saídas dos outros ministros do início do ano até agora, Fortes afirma que todos tinham “teto de vidro”.

Fonte: Comunique-se

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