quarta-feira, 29 de janeiro de 2014
terça-feira, 28 de janeiro de 2014
Objetivo Invertido
A partida mais maluca da história
completa 20 anos: o dia em que os dois times queriam o gol contra
Qual o objetivo básico de um jogo
de futebol? Marcar gols, certo? Você pode até pensar que estamos tentando tirar
sarro da sua cara, mas, acredite, o óbvio foi ignorado no dia 27 de janeiro de
1994. Pelo menos da maneira como todos estão acostumados. Bastou um regulamento
esdrúxulo para que a partida entre Barbados e Granada fosse virada do avesso.
No fim do jogo, as duas seleções ainda queriam balançar as redes. Mas não as da
meta adversária.
A maluquice toda começa nos
quartel general da Concacaf, durante a organização da Copa Caribenha de 1994.
Para aumentar a atratividade da competição, os dirigentes resolveram inovar nas
regras: não existiriam empates. Todas as partidas que terminassem com o placar
igualado iriam para a prorrogação. E, para alimentar ainda mais os ímpetos
ofensivos, o gol de ouro valeria o dobro na tabela. O tiro que parecia
certeiro, contudo, saiu pela culatra.
Barbados e Granada se
enfrentariam na última rodada do Grupo 1 – que já tinha Porto Rico eliminado –
brigando pela única vaga na segunda fase. Para avançar, os barbadianos
precisavam vencer por pelo menos dois gols de diferença. Em situações normais,
daria para se dizer que os granadinos tinham o regulamento debaixo dos braços.
Mas não com a invencionice da Concacaf.
Barbados começou a partida
fazendo sua parte. Jogando em casa, o time abriu 2 a 0 no placar. Porém, aos 38
minutos do segundo tempo, Granada conseguiu reduzir a diferença para 2 a 1, em
resultado suficiente a sua classificação. Pouco tempo para os anfitriões fazerem
o gol que lhes faltava? Não quando se conhecia as regras do campeonato. A três
minutos do fim, um defensor e o goleiro barbadiano começaram a tabelar
estranhamente na própria área. E eis que o beque enche o pé contra as próprias
redes (veja o vídeo abaixo). Loucura? Pura lucidez.
O zagueiro percebera que o empate
por 2 a 2 era tão útil para Barbados quanto a vitória por 3 a 1. Afinal, a
igualdade no placar garantiria mais 30 minutos de prorrogação. E, se sua equipe
marcasse o gol de ouro, que valia o dobro, venceria o jogo por 4 a 2. O
suficiente para alcançar a classificação.
O gol contra foi a chave para que
Granada também desse conta do que estava acontecendo. E os minutos finais
daquela decisão foram insanos. Os granadinos precisavam de apenas um gol,
contra ou a favor, já que a vitória ou a derrota por 3 a 2 os beneficiava
igualmente. Enquanto isso, os barbadianos tinham o árduo trabalho de defender
as duas metas, evitar o tento de qualquer maneira. Conseguiram, levando a
partida para o tempo extra, como queriam.
“Eu me senti trapaceado. A pessoa
que veio com essas regras devia ir para um hospício. O jogo nunca deveria ter
sido disputado, com tantos jogadores correndo confusos em campo. Nossos atletas
nunca sabiam a direção na qual atacar, a do nosso gol ou a do gol adversário.
No futebol, supostamente você tem que marcar contra o oponente para vencer, não
para ele”, declarou na época James Clarkson, técnico de Granada.
A partir da prorrogação, o jogo
voltou ao normal. O gol a favor beneficiaria a equipe que o fizesse. E
justamente Barbados foi quem saiu vitorioso, marcando o gol de ouro que
garantia o 4 a 2 no placar. Logo na fase seguinte, a prorrogação foi abolida. E
os barbadianos foram sumariamente eliminados – curiosamente, empatando dois de seus
três compromissos. O campeão daquela Copa Caribenha foi Trinidad e Tobago. Que
nem de longe merece tanto espaço na história quanto Barbados e Granada, os
protagonistas de um jogo prejudicial à sanidade mental.
Em 1998, outra vez o desejo pelo
gol contra
Apesar do resultado inusitado,
esta não foi a única vez em que dois times buscaram os gols contra. Caso
aparecido aconteceu na Copa Tigre de 1998. Tailândia e Indonésia já tinham se
classificado para as semifinais, mas quem vencesse o jogo enfrentaria o
favorito Vietnã. Então, nos minutos finais, quando o placar apontava 2 a 2, os
dois times passaram a tentar balançar as próprias redes. Indonésios atacavam a
própria meta, enquanto tailandeses a defendiam.
O ‘gol da derrota’ saiu nos
acréscimos. O defensor indonésio Mursyid Effendi dominou a bola em sua área e,
contra, fez o tento que deu a vitória à Tailândia por 3 a 2. Mas, no fim das
contas, a justiça foi feita. Os dois países foram eliminados nas semifinais,
tiveram que pagar multa de US$ 40 mil pela atitude antidesportiva e Effendi foi
banido do esporte pelo resto da vida.
Fonte: Site Trivela
Fonte: Site Trivela
Por: Leandro Stein
27 de janeiro de 2014 às 9:54
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sábado, 25 de janeiro de 2014
PÉ DE FERRO RIONOVENSE FICA EM 3º LUGAR NA CORRIDA MAIS DURA DO BRASIL, A BR BRASIL 217 K
Reinaldo Simplício (Pé de Ferro Rionovense) "O Retorno" |
Imagine participar de uma corrida de 217km, pela serra da Matiqueira, de São João da Boa Vista (SP) até Paraisópolis MG. Esse foi o desafio do atleta de ultramaratonas, Reinaldo Simplício, O Pé de Ferro Rionovense. Ele fez no último dia 17 de janeiro, ao chegar em 3º lugar na modalidade quarteto na BR135 Brazil, ou Brasil 217 km. A Brazil 135 Ultramarathon, é a prova mais dura entre as corridas de longa distância disputadas no Brasil. O percurso é de 217km - ou 135 milhas, na contagem métrica americana, levando em conta, que apenas 20km são em terreno plano, o restante é de subidas ou descidas. Sinceramente? Não é para qualquer um! Tanto que os interessados têm que apresentar suas credenciais à direção da prova. Somente atletas capacitados fisicamente são aceitos para disputar o desafio, que começa em São João da Boa Vista (SP) e termina em Paraisópolis (MG).
A prova faz parte do circuito da Copa do Mundo de Ultramaratonas Extremas Bad135, juntamente com outras duas provas - a Badwater Ultramarathon, no deserto do Vale da Morte, na Califórnia, e a Arrowhead, em Minnesota, ambas nos Estados Unidos. De acordo com a direção da prova, o tempo máximo estabelecido para terminar o trajeto são 60h, ou seja, dois dias e meio após a largada. Em todas as modalidades (solo, dupla, trio e quarteto), é necessário que o atleta tenha um carro de apoio, para oferecer comida, alimentação e suporte ao atleta.
Quarteto
Gerson Sávio liderou a equipe Amigos do Gerson, quarteto que contou com: Reinaldo Simplício, o gaúcho, Cleonir Simonetti e o paulistano, Éber Valentim. Nessa modalidade, o limite máximo para o término do trajeto é de 40h, já que os competidores se revezam durante a prova. "Nossa estratégia foi cada um dar o máximo de si em períodos curtos de tempo - 40min ou, no máximo, 1h. “O nosso objetivo, foi vencer a prova, e também quebrar o recorde e fechar em menos de 20h o percurso", diz Gerson integrante do grupo e tenente do Exército Brasileiro.
O quarteto quebrou o recorde com 18 horas e 50 minutos, mas não foi suficiente para conquistar o 1º lugar desta prova que acontece todos os anos no mês de janeiro.
Simplício (Pé de Ferro rionovense), que já participou outras 2 vezes dessa dura prova ( 2012 e 2013), espera ter a oportunidade de retornar em 2015, e finaliza dizendo: “percorrer os 217 km do “caminho da fé”, é uma experiência gratificante ao ponto de esquecer toda a dor e a fadiga muscular, comum em quem se aventura nessa corrida de montanha.”
O grupo corre sem patrocínio, mas espera receber apoio para retornarem no ano que vem e representarem o Brasil nessa etapa de copa do mundo de ultramaratona.
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